Castelo Branco e Sepúlveda na 26.ª edição do Correntes d’Escritas

Mais de três dezenas de livros vão ser apresentados na 26.ª edição do Correntes d’Escritas que a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim organiza de 15 a 22 de fevereiro de 2025. Correntes d’Escritas é um festival sonhado no ano em que a Póvoa de Varzim assinalou o centenário da morte de Eça de Queirós, em 2000, como encontro entre autores, leitores e escritores de expressão ibérica.

O programa da 26.ª edição

No dia 16 de fevereiro, às 16h00, a Casa Manuel Lopes vai acolher o lançamento de A Casa, VV.AA., Câmara Municipal da Póvoa de Varzim/ Bairro dos Livros. A Casa é uma peça de teatro nascida de um texto dramático escrito, em 2020, dentro da Casa Museu Manuel Lopes, por quatro participantes da residência literária D’Escritas 1 Dia. Os autores foram transformados em atores numa representação multifacetada, em reflexo da personalidade do próprio Manuel Lopes, habitante ausente da casa que serve de cenário, mas também de personagem.

Além desta, será apresentada outra edição municipal, no dia 22, sábado, pelas 14h30, no Largo Dr. David Alves, ReViraVerso, VV.AA., Câmara Municipal da Póvoa de Varzim/ Texto Sentido. Os poetas raptaram algumas canções do reportório folclórico, vestiram com o penúltimo grito da moda a lírica dessas canções e mandaram-nas de volta para a rua, para ganharem a vida e mostrarem o que valem. Não se trata de uma versão do folclore, trata-se da subversão do folclore. Nome de código: ReViraVerso, numa edição em livro belissimamente ilustrada por Helena Zália.

Os livros são mundos imensos, infinitos, onde tudo é possível e onde nem o céu é o limite, pois não há limites. Não somos a mesma pessoa que começou
a ler um livro, quando o acabamos, e muito poucas coisas no mundo têm esse poder de nos transformar, de nos fazer rejuvenescer, de nos obrigar a
questionar e a começar de novo. É sempre uma vida renovada a que começa no fim de um livro.

Ao longo do dia 20, na sala de ensaios e na sala de atos terão lugar várias as sessões de lançamento de livros na presença do autor de acordo com a seguinte programação:

12h30 – sala de ensaios

  • Cartografia, de Minês Castanheira e Raquel Patriarca, Officium Lectionis Edições
  • Escrevo por vingança à morte, de Claudia Lucas Chéu, Companhia das Ilhas
  • Nada mais ilusório, de Marta Pérez-Carbonell, Porto Editora

16h30 – sala de ensaios

  • Antes que chovam laranjas, Ivo Machado, Editora Bluebooks
  • Espera por Mim, de António Mota, ASA
  • Trilogia da Paixão, de Ariana Harwicz, Elsinore

17h00 – sala de atos

  • O gato, o coelho e outros contos tradicionais, de Adélia Carvalho e Anabela Dias, Nuvem de Letras
  • O tempo do cão, de Ondjaki e Antonio Jorge Goncalves, Caminho
  • Tempo é uma palavra que se empresta ao Mar, de Raquel Patriarca e Vitor Hugo Matos, Nuvem de Letras

19h00 – sala de atos

  • Arder no Gelo, de Mélio Tinga, A Morte do Artista
  • Ascendentes, de João Paulo Esteves da Silva, A Morte do Artista
  • Chave de Areia, de Bento Baloi, Alêtheia

No dia 21, serão apresentadas as seguintes publicações:

12h30 – sala de ensaios

  • As histórias que nos matam, de Maria Isaac, Porto Editora
  • Bernardino Pires e a revolução. O preto, o branco e a cor, Fotografias de Bernardino Pires e Texto de Maria Luísa Malato, Editora In-Libris
  • O Que Está para Vir: Uma vida com Julião Sarmento-Memórias, de Helena Vasconcelos, Quetzal

16h30 – sala de ensaios

  • Ânfora, de Pedro Teixeira Neves, Teodolito
  • Contos Suicidas, de Fernando Pinto do Amaral, D. Quixote
  • Ódio, de José Manuel Fajardo, Teodolito

17h00 – sala de atos

  • Corpos da Memória, de Helder Macedo, Caminho
  • Poesia, Substantivo Feminino – 25 Poetas Nascidas Depois do 25 de Abril, Manuel Alberto Valente, D. Quixote

19h00 – sala de atos

  • No Resto do Dia, de Carlos Costa, Teodolito
  • O Silêncio da Guerra, de Antonio Monegal, Objectiva
  • Três mulheres na cidade, de Lara Moreno, Alfaguara

19h30 – sala de ensaios

  • A Fábula do Fogo e da Água, de Francisco Conduto de Pina, Editorial Novembro
  • Nem Todas as Árvores Morrem de Pé, de Luísa Sobral, D. Quixote
  • Simpatia, de Rodrigo Blanco Calderón, D. Quixote

No sábado, dia 22, serão apresentados três livros e uma revista literária:

12h30 – sala de ensaios

  • Os Filhos de Monte Gordo, de José Carlos Barros, Fundação Francisco Manuel dos Santos
  • Os que não caem como Ícaro, de Catarina Costa, Companhia das Ilhas
  • Última refeição antes de mim, de Filipe Homem Fonseca, Companhia das Ilhas

15h00 – sala de atos

  • Revista Literária Palavrar – ler e escrever é resistir

Camões, Castelo Branco e outras novidades 2025

A 26.ª edição do Correntes d’Escritas é um ponto de encontro ibérico de autores, ilustradores, editores, livreiros e críticos literários. Além de assinalar os 500 anos do nascimento de Camões, o Correntes d’Escritas irá igualmente lembrar, na sua vasta programação, escritores como Camilo Castelo Branco, na comemoração dos 200 anos do seu nascimento, Luis Sepúlveda e Luísa Dacosta. A estes também se junta Maria Teresa Horta, que além de ser uma presença marcante no Correntes, venceu o Prémio Literário Casino da Póvoa em 2021.

A grande novidade deste ano é que serão quadros mundialmente reconhecidos, como “Guernica” de Picasso ou “A Guerra” de Paula Rego, a dar mote às 10 Mesas do Correntes d’Escritas.

Lançamentos de livros, teatro, cinema, exposições, conversas, residência literária, sessões nas escolas, curso de formação de professores – Correntes em Rede, Encontro de Tradução, Vozes Transeuntes e Feira do Livro são inúmeras as iniciativas que integram o programa do evento, além de que, este ano,  tal como na última edição, o Correntes d’Escritas irá a todas as freguesias do concelho, levando a literatura a todos os lugares da Póvoa de Varzim.

Consulte AQUÍ o programa completo.

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