Booktowns: Óbidos Vila Literária

Óbidos Vila Literária é um projeto único no contexto das manifestações artísticas e culturais que se realizam em Portugal. Em 2013, a conversão de uma igreja em livraria provocou a transformação de Óbidos numa vila literária. Primeiro, converteram-se em livrarias especializadas vários recantos de espaços municipais previamente abertos ao público, entre as quais lojas de museus, galerias e mercados. De seguida, os eventos literários começaram a emergir destacando-se o FÓLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos e o Latitudes – Literatura e Viajantes.

O Projeto Óbidos Vila Literária foi uma iniciativa da Câmara Municipal de Óbidos e da Livraria Ler Devagar. Óbidos é, desde 2015, Cidade Criativa da Literatura da UNESCO.

Em 2015, a classificação de Óbidos como Cidade Criativa da Literatura da UNESCO afirmou a importância desta área como estratégica para o desenvolvimento local e comunitário.

Contanto com parceiros do setor público e privado, hoje, a Vila Literária ganha uma dimensão que extravasa fronteiras físicas e da língua, com a Rede Literária de Óbidos e o Programa de Residências Literárias.

Óbidos, a jóia medieval portuguesa

Óbidos é uma das vilas mais caraterísticas e bem preservadas do Centro de Portugal.

No distrito de Leiria, suficientemente perto da capital e situada num ponto alto, próximo da costa atlântica, Óbidos teve uma importância estratégica no território. Já ocupada antes de os romanos chegarem à Península Ibérica, a vila tornou-se mais próspera a partir do momento em que foi escolhida pela família real.

A vila de Óbidos foi conquistada aos mouros pelo primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, em 1148. Mais tarde, D. Dinis doou-a a sua mulher, a rainha Santa Isabel. Desde então e até 1883, a vila de Óbidos e as terras em redor foram sempre pertença das rainhas de Portugal.

Envolvida por uma cintura de muralhas medievais e coroada pelo castelo mouro reconstruído por D. Dinis, que hoje é uma pousada, Óbidos é um dos exemplos mais perfeitos da fortaleza medieval portuguesa. Como nos tempos antigos, a entrada faz-se pela porta sul, de Santa Maria, embelezada com decoração de azulejos do séc. XVIII.

Dentro das muralhas, encontramos um castelo bem conservado e um labirinto de ruas e casas brancas que encantam quem por ali se passeia. Entre pórticos manuelinos, janelas floridas e pequenos largos, encontram-se vários motivos de visita, bons exemplos da arquitetura religiosa e civil dos tempos áureos da vila. 

A cidade caracteriza-se pela existência de inúmeras igrejas, e nelas se localizam algumas livrarias, como a Grande Librería Santiago, que ocupa as instalações da igreja de Santiago, do século XIII. Outra livraria está instalada no Mercado Biológico, situado no antigo refeitório da Câmara Municipal, e é especializada em livros antigos e raros, bem como em obras sobre viagens, gastronomia e vinhos. No Museu Municipal encontram-se sobretudo livros de história. A Galeria Ogiva, criada em 1970, dispõe de uma livraria, e organiza exposições, projecções e performances, e dispõe de um centro de documentação de design.

The Literary Man é o hotel onde o bom leitor deve se hospedar, pois possui uma biblioteca com 50 mil exemplares.

No edifício da antiga escola primária situa-se O Bichinho do Conto, um projeto literário destinado a acolher leitores dos 0 aos 200 anos, especializado em literatura infantil. Por fim, a Livraria da Adega, situada numa adega, esta livraria é o local ideal para beber um café literário, um copo de vinho ou um chá reconfortante entre livros antigos e novos.

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